Armando Guebuza actual presidente da Republica de Moçambique, foi Ministro do Interior entre 1975 e 1977, no tempo em que o presidente ainda era Samora Machel. Armando Guebuza que durante esse período ordenou a saída dos portugueses em 24 horas com 20 Kg de bagagem apenas. Não me admiraria nada que este Guebuza, arrogante, insolente, ditador , estivesse envolvido na queda do Tupoleve que vitimou Samora Machel. Guebuza como Ministro do Interior, chegou a ser mal educado, arrogante, mesmo racista, até com quem não era do partido, não só com brancos, o que não quer dizer que no partido não existissem brancos. Depois foi um aproveitar constante, até chegar a líder do grupo parlamentar da FRELIMO. Guebuza empresário, da construção civil e das pescas. Guebuza a quem é atribuído o sucesso das negociações de paz, na guerra civil e o acordo de Roma que conduziu ao pluripartidarismo. Onde ficam nomes como, Joana Simeão, Uria Simango ou Lázaro Kavandame ? Afonso Dhlakama, Vicente Ululu ou Evo Fernandes ? Guebuza, quando Ministro do Interior, depois de ter autorizado um holandês, fornecedor de papel a uma empresa moçambicana, que pediu um visto, como era normal, para se deslocar a Moçambique e medir as possibilidades que a empresa moçambicana teria de continuar a ser sua cliente, pôr um motorista do partido á disposição desse holandês, para qualquer sítio que ele se quisesse deslocar, sem restrições absolutamente nenhumas, até parece um Guebuza aberto, democrático. Claro que toda a gente compreendeu que o motorista governamental, servia para vigiar o holandês. Como o senhor não vinha fazer mal a ninguém até achou hospitaleira a atitude de Armando Guebuza, evitava ele próprio do aluguer duma viatura e sempre que necessitava de motorista telefonava a pedi-lo e o motorista aparecia dentro de poucos minutos ( Cabe também aqui dizer que num dos dias que o holandês ia sair para um passeio a pé, entregou a chave do quarto do hotel na recepção e 5 minutos depois estava o motorista a perguntar onde ele queria ir que tinha a viatura à sua disposição). Isto foi só um aparte, para justificar a vigia que era feita ao estrangeiro. No dia seguinte como de costume, o holandês telefona, pede o motorista, este aparece e o visitante pede para dar uma volta pelos suburbios da cidade. Tinha chovido durante a noite, daquelas chuvadas tropicais, que só quem lá esteve sabe como são. O motorista, que normalmente não tinha conversa com o passageiro, nesse dia mete conversa, quando estavam a passar por Xipamanine, completamente inundado e diz-lhe " herança do colonialismo", o passageiro, que até tinha vivido no Sudão uns anos, responde-lhe que não é assim, aquilo é África, a herança do colonialismo é a cidade de cimento. A conversa acabou ali o motorista foi por o passageiro ao hotel. O Holandês de manhã acorda, telefona ao motorista, como normalmente fazia e como normalmente também aparece o motorista mas desta vez acompanhado com um guarda. O senhor pergunta o que está a acontecer, respondem-lhe que tem que fazer a sua bagagem e dentro de 2 horas sair do País. Esperam por ele levam-no directamente para o aeroporto, onde lhe entregam o passaporte com o carimbo de expulso. Era assim Guebuza. Era assim o actual presidente de Moçambique, era assim o homem que foi recebido não há muito tempo em Portugal. Não admira ter sido recebido em Portugal com pompa, quando há uns anos Kadafi foi recebido no palácio do governo, levando uma pistola à cintura.
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