MULHERES

Apetece-me falar hoje, das poucas mulheres que na F1, mostraram " ter barba rija " , isto é, conseguiram entrar num desporto que é consagrado aos homens, por pouco tempo, penso eu. Não foram muitas é certo, mas, mostraram que também têm fibra, foram rijas. Normalmente ninguém se lembra delas, lembram-se de campeões, alguns pilotos que não ganhando título nenhum, mas foram velozes, provocaram grandes espectáculos. Neste desporto, que põe em risco de vida qualquer piloto, houve mulheres que o praticaram, não por muito tempo é certo. Recordando Maria Teresa Filippis, napolitana, nascida a 11 de Novembro de 1926, primeira mulher a pilotar e correr num Formula 1. Começou a correr tarde, é certo, mas ainda assim fez 3 corridas, estreando-se no sempre difícil GP do Mónaco, que por sinal foi também o ultimo GP que disputou. Maria Grazia Lombardi, conhecida no circo da F1, como Lella Lombardi, talvez a mais conhecida, piloto de Formula 1, a que disputou maior numero de grandes prémios, única mulher que pontuou na F1, não foi muito 0,5 pts, mas pontuou, uma 6ª posição que lhe valeria 0.5 pts, no GP de Espanha. Lella Lombardi nasceu a 26 de Março em Frugarolo, Itália, em 1941. Correu 12 GP, em equipas como o Brabham, March, Williams. Divina Galica, Inglaterra, nascida a 13 de Agosto de 1944. Nunca se conseguiu classificar para nenhum Grande Prémio, mas fez história em Inglaterra, porque este foi o único que teve duas mulheres inscritas, Divina Galica e Lella Lombardi. Desiré Wilson, nasceu em Johannesburg em 26 de Novembro de 1953 , não conseguiu disputar nenhum GP. E já nos anos 90 Giovanna Amati, romana, nascida a 20 de Julho de 1962, não se conseguiu classificar para corrida nenhuma. Estreou-se no GP da África do Sul, não se classificando. Mulheres com grande vontade, correram grande risco de vida, umas com mais êxito que outras, mas todas fizeram frente a homens, num desporto que é realmente muito perigoso. Isto tudo para dizer que não é necessário ser dia da mulher para lhes prestar homenagem. A Mulher tem valor todos os dias, deveríamos saudá-las todos os dias só por existirem. Estas participaram num desporto feito para homens, quantas haverá que se distinguiram noutros desportos, alguns deles até violentos. Só quis com isto homenagear as mulheres que participaram num desporto que eu gosto e nelas as outras todas. Bem hajam por existirem.