sábado, 8 de maio de 2010

SOCIAL

Eleita mulher do dia no jornal 24 horas, Inês de Medeiros. Não percebi muito bem o porquê da eleição. Por ter passado a pagar as passagens para Paris? Ainda por cima tem o azar de morar em Paris? Normalmente até concordo com as eleições do dia que o 24 horas faz. Mas com esta.........não. Não nos devemos esquecer que Inês de Medeiros é deputada pelo circulo de Lisboa e reside em Paris. Não é azar residir em Paris, azar é ter sido eleita deputada pelo circulo de Lisboa. Inês de Medeiros prescindiu da comparticipação do Parlamento nas suas deslocações a Paris. Na minha opinião, e é disso que trato, não fez mais que a sua obrigação de cidadã, de um país que até está em crise profunda. Inês de Medeiros só é culpada por ter aceite ser eleita pelo circulo de Lisboa, quando residia em Paris. Num País que quer alterar o subsidio de desemprego, e não é para melhor, pretendem que os beneficiários não possam receber mais de 75% do salário liquido que tinham, onde o governo pretende ainda que os beneficiários de subsidio de desemprego, tenham de aceitar nos primeiros 12 meses de desemprego, um emprego onde recebam mais 10% do que o subsidio que estão a receber (notar que não podem receber mais que 75% do salário liquido que auferiam, mas têm que aceitar mais 10% que aquilo que recebem), num País onde foi admitido há alguns dias a baixa dos salários ministeriais, é num Pais destes que Inês de Medeiros é considerada mulher do dia. Mas, depois de tudo isto, não estou admirado que Inês de Medeiros seja considerada mulher do dia! Porque também estamos num País que dá tolerância de ponto aos funcionários públicos, para irem ver o Papa (não é o das Antas), num País que se diz laico, num País que dá prémios de 1,9 milhões de euros a administradores, num País que tem ainda reformas abaixo do ordenado mínimo. No meio de tudo isto, só falta a deputada Inês de Medeiros, eleita pelo circulo de Lisboa e residente em Paris, que prescindiu da comparticipação do Parlamento nas suas deslocações a Paris, ser condecorada, por Grandes Serviços Prestados à Nação. Acto heróico. Não culpo a Srª Deputada, mas continuo a achar que foi uma questão de bom senso. Num País a beira da bancarrota, que os chefes não querem admitir, actos como este não passam de bom senso. É bom sinal, quer dizer que no meio de toda esta bagunçada ainda há pessoas que têm vergonha, pessoas que acham mal, mesmo tendo sido aprovado no Parlamento, acham que não é o mais certo estes gastos superfulos. Então em que ficamos ? Perguntarão aqueles que derem uma espia por aqui. Ficamos no fundo, com 475€, a pagar renda de casa, comida, água, luz, gaz............pedindo dinheiro emprestado, que sabemos que não vamos pagar.........comendo alguma coisa que os super mercados ponham nos caixotes do lixo ou passamos todos a ser sustentados pelo estado. Sustentados pelo estado de um país assim?.................Vamos ver!!!

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