A propósito das maravilhas de Portugal e do Hotel mais ocidental da Europa, que não frequento tantas vezes como gostaria, roubei um enxerto do livro do poeta e penicheiro ( pelo coração ), nascido em terras Ribatejanas, Mariano Calado, que melhor que eu, consegue descrever o que dali se observa. Diz ele « A ilha já não é um poiso solitário, morada de gaivotas, de airos, de calhetas e pardelas. Todos os fantasmas acordam e andam por aqui, sorridentes, longínquos, vaporosos como a própria luz que se escoa pelos rochedos teimosos; escorrem-se, transluzentes, pelo musgo viçoso, sobem misteriosamente as escarpas sombrias da restinga e acenam do alto, das ameias velhinhas do castelo - ninho de heróis e corsários - que nos surge, vindo dos esconsos brumosos do passado, imponente e simples, acanhado e soberbo na sua traça guerreira que se resolveu a abrir as portas de par em par e oferecer-se, na solicitude de uma romântica pousada, aos visitantes pacíficos, ávidos de uns momentos de paz e sossego......Sob o forte de S,João Baptista, uma pequenina jóia enche-nos a alma de sonho: é a Gruta Azul , pequena reentrância onde mal cabe uma lancha..... Gruta Azul - recanto de paraíso onde o azul tem mais cor, onde tudo é azul : água, rocha, o céu que se reflecte, as mãos curiosas que se mergulham na toalha liquida em busca de um segredo que não se pode desvendar, porque impossível, porque pertença de um mundo só beleza diáfana.....». Roubei como disse, este texto a Mariano Calado, poeta ribatejano com o coração em Peniche ou será poeta penicheiro com o coração no Ribatejo ? , do seu livro " Peniche na História e na Lenda ". Um livro que vale a pena ler, que conta a história de uma cidade, que prende quem a conhece, se bem que a publicação já seja de 1968. Bem hajam pessoas como Mariano Calado, que descreve esta zona tão bem e pelo contributo cultural que tem dado aos penicheiros.
Penso que interpretou mal o meu post lá no CR. No entanto, já deixei a resposta, para desfazer dúvidas. Espero que me continua a aturar por mais uns tempos.
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