quinta-feira, 28 de julho de 2011

APETECE-ME

O PAI

Terra de semente inculta e bravia,
terra onde não há esteiros ou caminhos,
sob o sol minha vida se alonga e estremece.

Pai, nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.

Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.

Depois... Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.

Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.

O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar... E o outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.

Escutarei de noite as tuas palavras:
... menino, meu menino...

E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.

Pablo Neruda, in "Crepusculário"
Tradução de Rui Lage

A todos os PAIS do Mundo

quarta-feira, 27 de julho de 2011

AH!!! POUPANÇA... PARA QUE TE QUERO....

Em tempo de crise, subsidio de Natal para os cofres do estado, compreensão de toda a gente , colaboração na recuperação do País, enfim com o poder (?) económico completamente destroçado, resta-nos..........tentar poupar uns grãos ( grão a grão...). Assim podemos...
Evitar que as roupas para o próximo Inverno, fiquem livres de «traças». As roupas de lã podem durar uma vida inteira, mas é preciso manter as traças à distância. Se a sua cómoda ou o roupeiro não são de madeira de cedro, proteja a roupa de Inverno com saquetas de cravinho.  Arranje umas saquetas de musselina numa loja de produtos naturais, ou faça-as em casa, e encha cada uma com uma mão cheia de cravinhos inteiros. Para não sujar a roupa com óleo e evitar derrames, coloque cada saqueta num saco de plástico pequeno, mas não o feche.  Pendure as saquetas no roupeiro ou guarde-as numa gaveta da cómoda,  e manterá assim, as traças longe das roupas de lã.
Ou evitar ainda gastos com desodorizantes para tirar os odores de malas e caixas de arrumação:
Meta umas folhas de papel de jornal amarrotadas dentro das caixas ou malas, feche-as e não as abra durante quatro ou cinco dias. Pode também utilizar este método para baús, neste caso reforce a quantidade de papel de jornal.
Poderá não ser grande a poupança , mas grão a grão....evitamos gastar onde não é necessário. Esta postagem serviu para descontrair. Serviu para ir brincando com os males que nos acontecem e que têm tendência a...não melhorar. Serviu para, enquanto o escrevi, não pensar na crise, espero que aqueles que fizerem o favor de me ler, também esqueçam por momentos o período menos bom que estamos a atravessar ( espero eu). Espero que todos estes sacrifícios que estamos a fazer (já sei desde há 35 anos atrás), tenham alguns resultados positivos. Espero que quem nos governa tenha as soluções que apregoou, espero ainda que acabe com os “ job of the dear boys”, para não sermos “socratizados”, ou agora ficarmos  como que “ passados”. É esperar para ver, até agora......

domingo, 10 de julho de 2011

"SÁBADO" 28 DE OUTUBRO 2010

Só agora me chegou à mão uma revista “ Sábado “ datada de 28 de Outubro de 2010. O que me leva a comentar, ou a publicar esta postagem, é tão só a comparação feita nesta revista entre Angola e Moçambique no tempo colonial. Claro que todo o artigo tem suporte de quem lá viveu, tanto em Angola como em Moçambique, apenas foi esquecido comentar que as pessoas que servem de suporte não são ou não eram o comum  cidadão, eram os ricos os que viviam num mundo aparte, eram a élite. Nem todos tinham possibilidades de terem três criados, havia quem tivesse sim, havia até quem tivesse mais, tendo quem servisse à mesa, para além do cozinheiro, do mainato e do ajudante deste. Havia também quem não tivesse receio de partir uma unha e preferisse fazer a comida, nalguns casos não era por opção. Embora se notasse menos a diferença de classes, esta existia, pelo menos no lado oriental de África.  Em Moçambique por exemplo o cidadão comum,  não se deitava à meia-noite ou à uma da manhã, até porque começavam a trabalhar às 7 ou 8 horas da manhã ( no meu caso, só a título de exemplo, sendo empregado do estado durante o período em que trabalhei em Lourenço Marques começava a trabalhar às 7 ( sete) da manhã e quando trabalhei na Beira, ainda como empregado do Estado,  começava o meu dia de trabalho às 6,30 ( seis e meia ) da manhã, assinando o ponto uns 10 minutos antes para o chefe distribuir as funções de cada um. Falta aqui dizer que este departamento do estado empregava qualquer coisa como 20.000 trabalhadores, sendo 5 ou 6.000 europeus ( não posso precisar, porque já lá vão uns anitos ).  Haveria algumas situações coincidentes entre estas duas ex-colónias, claro que haveria , mas também muitas diferenças entre elas talvez a mais vizivel, seria que Angola estava a 4 horas do “ puto “ e Moçambique a 8 ou 9, mas mais perto da África do Sul e da Rodésia onde se ia mais frequentemente, até de férias. Afirmaria até que naquela altura haveria mais afinidade com a África do Sul ou Rodésia que propriamente Angola. Brincando com o que disse Samora Machel quando entrou em Lourenço Marques    depois de 7 de Setembro “ Moçambique é um país de esquerda, até na condução automóvel “.  Isto só a propósito de em Angola, tal como em Portugal a condução ser feita pela direita e em Moçambique ser feita pela esquerda.  Em Moçambique, se bem que houvesse mais liberdade,  direi que no convívio entre rapazes e raparigas, não havia assim tantas festas em casa uns dos outros, algumas sim ( alguns fins de semana, os chamados " parties " ), mas eram mais nas colectividades ( e havia muitas, como a casa da Madeira, casa das Beiras, Associação dos Naturais, Associação Indo-Portuguesa, Velhos Colonos, são as que me lembro, estando a citá-las de cor ). Esta postagem não tinha razão de existir se depois de ler o destaque da “ Sábado “, não tivesse ficado com a ideia de que em África tudo era facilidade, que quase não era preciso trabalhar para ter uma vida boa, que todos os que passaram por África foram, eram ou são ricos. Lá como cá, os ricos sempre foram uma classe aparte, misturas sim, mas pouco. Exemplo disso? Clube Naval de Lourenço Marques. Nem toda a gente era admitida como sócio, pois era um clube da tal elite. No entanto para lá disso, havia sã camaradagem, amigos que se fizeram para toda  a vida. Mais abertura na sociedade, quando cá era mais fechada. No Portugal Europeu da altura tinha-se vistas curtas. Em África (Moçambique), havia confiança nas pessoas, não eram intriguistas, era sã a amizade . Seguia-se o lema de “todos são boas pessoas até prova em contrário”. Daí as pessoas terem ficado mais ricas em conhecimentos, encarando a vida de uma forma a que não estavam habituados, a serem mais solidários ( bairristas, no caso da Beira ). Reconheço que poderei estar a ser tendencioso, pois não tive assim tanto tempo de África, apenas fui para lá com 17 anos ( sozinho ) regressei com 32 ( com família formada ). Não queria que fosse uma postagem tão longa. As recordações ficam com quem viveu por estes lados. Acredito, tenho a certeza, que todos os que lá viveram e nasceram, sendo élite ou não, todos os que por lá passaram, gostam de África de uma maneira especial ( Continente onde até o cheiro da terra é diferente ). Se não fosse o destaque da “Sábado”, com suporte de uma classe previligiada na altura, não tinha existido esta postagem.  A minha formação de adolescente e a transição  para homem foi feita em África e orgulho-me de que assim tenha sido.

terça-feira, 5 de julho de 2011

CRIANÇADA!!!!! VAMOS DE FÉRIAS??

Tempo de férias! Descanso!!!! Que bom!!!! Mas.....Para quem tem miúdos em casa dá para ir mostrando algumas novidades  e passar por sábio. O meu livrinho tem destas coisas.  Explique  aos “ piquenos “ que tem em casa, o que é a gravidade. É simples, mais simples que o simplex e não falha. Vejamos:
Ponha-se em pé em cima de uma cadeira, com uma bola de ténis em cada mão e estique os braços para que ambas fiquem à mesma distância do chão. Peça aos miúdos que prestem atenção e solte as bolas. Tocarão ao mesmo tempo o chão. Em seguida repita a experiência com uma bola de ténis e uma bola de pingue-pongue, sendo esta bastante mais leve que a de ténis. Pergunte-lhes qual delas chegará primeiro ao chão. A maior parte dos miúdos ( e alguns graúdos ) dirá que é a bola de ténis. Que enganados estão!!!! Chegarão ao chão exactamente ao mesmo tempo, porque a força da gravidade não depende do peso dos objectos. Se fizer esta experiência com uma bola e uma pena, os miúdos ( só ? ) aprenderão também  que os objectos menos densos caem mais devagar devido à resistência do ar.
Brincando a ensinar, chamando a atenção dos miúdos, passando por conhecedores de muitas coisas que poderão cativar a criançada ( e não só ), deixando-os a pensar que pais e avós são mesmo bons e que valerá a pena aprender com eles. Mesmo de férias há divertimento. Os “cotas” sabem.....qualquer coisita. Brincando a ensinar ficamos com toda a certeza mais satisfeitos e aprendendo os miúdos ficarão também contentes. É só experimentar e ver os resultados.

domingo, 3 de julho de 2011

SEBASTIAN VETTEL

Parabens!!!! Nascido a 3 de Julho de 1987. Campeão de Mundo em 2010. O mais jovem campeão do mundo até ao momento. Primeiro GP nos EUA em 2007, primeira vitória no GP de Itália em 2008, primeiro campeonato do mundo em 2010. Três anos depois de ter chegado à F1, é campeão do Mundo. Já tinha sido o mais jovem piloto na F1 ao participar nos treinos livres do GP da Turquia em 2006. Parabens palas 24 primaveras. Ultima vitória GP da Europa. Parabéns Vettel.