terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DIVAGANDO

25 de Janeiro. A propósito de tudo, ou a propósito de nada, lembrei-me de Miklos Fehér, jovem jogador do Benfica, que morreu a fazer o que mais gostava, no cumprimento do seu trabalho, perante milhões de pessoas que assistiam ao Guimarães-Benfica no ano de 2004, no estádio e através da Televisão, que transmitia o jogo em directo. Uma morte que chocou um país inteiro, onde não houve clubite, onde todos foram apenas pessoas que gostavam de futebol. Pena que só nas tragédias se sinta solidariedade, pena que só nas tragédias todos puxemos para o mesmo lado.   “ A morte é assim: não pede licença, não dá aviso, não escolhe vítimas. Vem à traição, como ave de rapina , interrompe um sorriso.... “ dizia isto,  Miguel Sousa Tavares uns dias depois  desta tragédia desportiva e mais adiante  diz  “ ...para nos lembrar  que avida é só uma distracção passageira da morte.... “ .  Comprovando aqui, Sousa Tavares, que só na tragédia somos solidários. Na crónica de onde tirei este extracto, Sousa Tavares, consegue não dizer  mal de todos os clubes, que foram favorecidos pela arbitragem, que o golo com que o Benfica venceu este encontro não devia ter sido validado, porque Simão quando centrou a bola, esta já tinha saído do terreno de jogo . Nesta altura, Sousa Tavares só não dizia mal, nas suas crónicas, do FCP.  Mas mesmo assim, ainda hoje gosto de ler o que escreve. Posso não concordar com as criticas futebolisticas, mas gosto do que escreve, tanto pode ser o Rio das Flores como o Equador . Desviei-me um bocado do inicio deste texto, mas é por isso mesmo que este é um blogue onde expresso o que penso a propósito de tudo ou a propósito de nada e sem ter que agradar a ninguém.

3 comentários:

  1. Miklos Fehér vai sempre viver nos corações Benfiquistas, espero que esse jojem tenha encontrado a luz
    beijinhos

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  2. Fez sete anos no dia 25 deste mês e o mundo ficava atónito como se pode morrer assim de um segundo para outro, um corpo jovem caído pesadamente no relvado, como se fosse uma papoila colhida por entre o verde da relva.
    Penso que é uma imagem que nunca ninguem esquecerá...e ainda bem que lembraste essa memória.
    Beijo
    Graça

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  3. A morte, essa coisa "estranha", que de estranha não tem nada, apanha-nos quase sempre de surpresa. Ainda que prevísivel em muitos casos, quando chega é sempre inesperada, causa sempre como que um espanto.
    E a morte do Fehér foi, simplesmente, brutal. Ainda hoje tenho presente a imagem de um corpo que cai, inerte, desamparado, o corpo de um jovem pleno de vida, que numa fracção de segundos passa da vida à morte.
    Há imagens que nunca se apagam da nossa memória, e esta é uma delas.
    Abraço.

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