segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

UMA CONVERSA DE...CAFÉ

Por vezes fazemos ideia errada das pessoas. Pensamos que determinada pessoa, com formação superior, chefe de serviços, tem personalidade forte, sabe o que quer, sabe resolver problemas de trabalho que vão aparecendo, conseguido que os seus subordinados contem com ele, pois têm ali um defensor. Depois..... desilusão! Vemos essa pessoa ter um contacto com a administração da empresa onde trabalha e constatamos a sua subserviência,  “ yes Minister”, com vénia e tudo. Rígido com os trabalhadores a seu cargo, exigente como o esperado e depois ter atitudes que, esses mesmos trabalhadores, que desempenham as funções que o chefe distribuiu, com todo o seu saber, com toda a sua dedicação, não  são capazes de as ter. São estes chefes, os que nunca erram, os erros são sempre dos outros. Quando confrontados por um erro qualquer, por mais pequeno que seja, o subordinado é que tem a culpa. São aqueles que não assumem, até pelo cargo que ocupam, que são ou deveriam ser os responsáveis pelos erros.  São aqueles que fazem queixa, do subordinado que errou, dão conhecimento disso á administração verbalmente porque não têm coragem de levantar um processo, preferem segredar ao administrador o erro. Preferem a intriga, preferem o diz que disse.  São aqueles que quando falam com o subordinado dizem “ sempre que precisares podes contar comigo, estarei aqui para te defender” e depois pelas costas vão direitinhos à administração dizer “ sabe Sr. Administrador, este erro, se bem que seja da minha secção, o responsável não sou eu”.  Afinal tudo isto para chegar à conclusão que os trabalhadores que  estão sobre as ordens deste chefe, são muito mais íntegros, têm a personalidade, que falta ao chefe. Até na obrigatoriedade que as empresas têm, de dar formação aos seus trabalhadores, estes chefes são subservientes. Por exemplo e administração popôr que a formação obrigatória ( dada em período laboral )  seja repartida entre a entidade patronal e os trabalhadores. Nada disto tinha importância, se uma hora pós laboral, dada pelo trabalhador, vezes o numero de horas totais dadas por esse mesmo trabalhador a dividir por doze meses, não fosse superior ao aumento de vencimento dado pela entidade patronal. Nesta altura o chefe deveria intervir, chamar a tenção do patronato e dizer-lhes isso mesmo, que o valor dado pelo trabalhador é superior ao aumento de ordenado. Mas este chefe não é assim....é mais que a mim não me falte, os subordinados que se defendam porque eu não quero problemas. Chefes e empresários assim fazem falta? A exploração não deveria ter acabado com o 25 de Abril de um ano qualquer esquecido ? Com chefes e empresários assim, quem precisa de crises!!!???? Em resumo, são trabalhadores que cumprem com o seu trabalho, dando o máximo, não tendo por isso tempo nem feitio para engraxar o administrador. Afinal fazemos ideias erradas de pessoas tanto no bom sentido, como o inverso também é verdadeiro.  Que pena haver gente tão hipócrita. O mundo empresarial ficava muito melhor sem gente desta. Chamar engraxadores a pessoas assim, se calhar é uma ofensa para os engraxadores de profissão, mas garanto que não quero ofender estes profissionais, tenho até muito respeito por eles, aqueles que nos põem os sapatos num brinco, com brio profissional que puxam lustro aos sapatos, que quase parecem espelhos.  Estes são profissionais dignos, que não têm nada a ver com a história que conto acima e quantos de entre estes últimos profissionais terão ouvido histórias destas e estão calados?

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