segunda-feira, 2 de agosto de 2010

HOTEL MAIS OCIDENTAL DA EUROPA

Foto actual do forte S.João Baptista






Mais um fim de semana no Hotel mais ocidental da Europa. Cidade onde tenho alguns amigos. Temperatura amena. Cidade em festa, que não me lembrei que seria este fim de semana. Cidade com muito movimento. Manhã de Sábado a comtemplar o mar, a ver os rochedos com efeitos que parecem talhados pela mão do Homem, a ver o vai vem dos barcos que uns alugam para pescar ( e fazem grandes pescarias em mar alto ) e outros para irem até à Ilha, aquela que é uma das maravilhas de Portugal, aquela que tem fauna e flora únicas no país, sendo por isso reserva natural, falo como como se deduz do Arquipélago das Berlengas, situadas em frente do promontório de Peniche. Ao olhar a Ilha de longe, lembro-me de parte da sua história, em que depois do seu casamento com D. Manuel, a rainha D. Maria, filha dos Reis Católicos e causadora, pelo seu fanatismo religioso, das atrocidades cometidas contra os judeus e os cristãos-novos, no reinado de seu marido, fundou na maior ilha do grupo, um convento para os eremitas de S. Jerónimo. Os piratas que tiveram conhecimento da fundação do novo convento jamais se cansaram de o assaltar para se apoderarem dos mais preciosos objectos de culto. Talvez isso tivesse dado origem à construção do forte de S. João Baptista. E assim quando dei por mim, estava na hora de voltar para o almoço, que ia ser demorado. Durante a tarde continuei a passear na zona revendo lugares e rochas, descansando a vista de uma semana de trabalho e esperando pela noite para voltar a ver a procissão no mar, que já não velo há alguns anos e é atracção mais alta dos festejos da cidade, onde se louva Nª Srª da Boa Viagem, padroeira dos pescadores. Como já era de esperar, a carestia de vida e as dificuldades porque estão a passar os pescadores, esta procissão já não tem o fulgor de outros tempos, se bem que continue bem vistosa, com efeitos bonitos feitos pelo contaste da noite e iluminação das embarcações. Mesmo assim gostei e toda aquela gente que se encontrava na marginal Sul saiu satisfeita, uns, porque era a primeira vez que assistiam, outros, porque não sendo a primeira vez, continuam a gostar de ver e apreciam os sacrificios feitos pelas gentes do mar, que apesar de uma frota reduzida, também por falta de pessoal, além de despesas enormes, o peixe pouco tem valido ecomomicamente na licitação na lota. Peixe que pouco tem valido na lota, mas que no mercado tem sido bastante caro, não estando ao alcance de qualquer bolsa, excepto o vendido nas grandes superficies e mesmo assim....... Bom.. mas a festa vai continuar por mais alguns dias, fazendo com que se esqueçam os valores do peixe, pensando positivo para que a vida melhore e que tirem melhores resultados das pescarias. A festa vai continuar com fogo de artificio, com gente vinda de todo o lado, com os emigrantes que aproveitam esta altura para matar saudades.

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