quinta-feira, 12 de agosto de 2010

NOBEL

A propósito de leituras.....não gosto de José Saramago. Li 1 (uma ) página de "Memorial do Convento ". Não quero ler mais, nem aprender a ler Saramago. Se calhar devia, pensam os eruditos, se calhar não devia pensam os que têm pensamentos livres. Se calhar devia, pensam os leitores de todos os Nobel da literatura, se calhar não devia, pensam os não hipócritas. " O total dos meus bens será dividido da seguinte maneira : o capital será investido pelos meus herdeiros em acções de companhias e constituirá um fundo cujos dividendos serão distribuídos anualmente, sob a forma de prémios, àqueles que, durante o ano anterior, tenham contribuído para o bem da Humanidade. Os referidos dividendos serão distribuídos em cinco partes iguais........" (Alfred Bernhard Nobel - Nov 1895). Em minha opinião, e só essa é que conta, Saramago não foi um português, no meu conceito de nacionalidade. Mas, o meu conceito de nacionalidade, não passa por sermos parte integrante de Espanha, não passa por Portugal e Espanha se poderem fundir, para dar origem a uma Ibéria qualquer. Portugal e Espanha, Países amigos, defensores de interesses comuns....tudo bem. Mas cada um em seu sítio. Talvez por Saramago ter defendido que Portugal devia ter sido uma província espanhola, me leve a pensar que o seu portuguesismo não era, nem poderia ser igual ao meu. Não concebo sequer a ideia de Portugal fazer parte ou se quiserem, ser uma província de Espanha. Estamos no extremo da Europa, é verdade, mas temos identidade própria, somos um povo, temos a nossa História da qual me orgulho. Talvez esta conversa fiada, venha só a propósito de não gostar de Saramago e ter acabado de ler pela 3ª vez "O Prémio " de Irving Wallace. Não sou capaz de fazer fretes. Só por Saramago ter sido Nobel, não passei a gostar dele. Gosto tanto como gostava ou não gosto como já não gostava. Também reconheço que Saramago não se importava nada que eu não gostasse dele, seria até para o lado que dormiria melhor. Tenho pena do homem, que como ser humano partiu, como tenho de todas as pessoas que partem, tenho pena ainda que como ser humano tenha sofrido com a morte. Tenho pena que a vida seja tão curta, seja só uma passagem. Nem sequer sei porque escrevi. Nem sei a que propósito vem Saramago para esta conversa fiada, que não passa disso mesmo, uma conversa que tive comigo.

2 comentários:

  1. Saramago era homem que provocava adorações e ódios.
    Não gostava dele, li o memorial do convento, adorei a História do Cerco de Lisboa e não passei das primeiras páginas da Jangada de Pedra. Penso muitas vezes que a falha era minha por não conseguir alcançar o que o génio escreveu. Mas não me vou esforçar por lê-lo mais e também não é por ter morrido que o vou idolatrar.
    Para a família foi sem dúvida uma perda, para a cultura penso que também.
    Obrigada pela visita e comentários lá no meu quintal.

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  2. acho q tenho "pensamentos livres" e tb acho que ler saramago é importante. é um bom escritor(posso dar a m opinião pq li varios livros escritos por ele), tal como são muitos outros mais caladinhos e consensuais. acho que fica mal mandar bocas sobre um escritor qdo nunca se leu os seus livros. já sobre a pessoa, cada um é livre de dizer o q quiser.

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