quinta-feira, 1 de abril de 2010

PROBIDADE PORTUGUESA

Depois da batalha de Nivelle travava-se a grande batalha de Toulouse (Abril 1814), a última da guerra peninsular, em que, mais uma vez, as tropas portuguesas tiveram ocasião de se distinguir, e os aliados a glória da vitória. Passados apenas três dias, chegava aos dois campos adversos a notícia de que Paris tinha sido tomada e Napoleão deposto.

Suspenderam-se as hostilidades e as tropas anglo-portuguesas prepararam-se para regressar aos seus países, depois de assinado em Maio o tratado de paz. Longa e penosa foi a marcha de regresso, através da Espanha, mas notável foi o comportamento desses veteranos da guerra, nessa longa travessia, como vencedores, que o seu justo comandante em chefe, Marechal Beresford, podia dizer na sua ordem do dia: "Soldados! Depois de vos terdes mostrado em campanha iguais aos melhores soldados da Europa, haveis patenteado , durante uma longa marcha de três meses por país amigo, que sois capazes de excedê-los em boa conduta, ordem e disciplina. Aceitai por isso os agradecimentos do vosso comandante em chefe".

Não pode ser censurada a vaidade com que se põe em relevo o contraste entre o procedimento menos correcto de tropas estrangeiras, e o comportamento exemplar, notavelmente demonstrado pelos nossos soldados, quer em terreno inimigo, quer em pais amigo, que até foi reconhecido por tropas estrangeiras, como no caso deste comandante em chefe. Podia multiplicar os exemplos de bom comportamento em todos os tempos, pela gente portuguesa, que quando toca a defender o que é nosso, não se popa a esforços. Mas......cumpre, sempre as ordens superiores. Obediência e Disciplina é coisa que nunca nos faltou, algumas vezes até contra a nossa vontade, mas desde que fosse o melhor para Portugal......dizíamos sempre PRESENTE!

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