quinta-feira, 8 de abril de 2010

SIMBOLO

Travou-se, nas margens do Douro, a chamada batalha de "Toro", em que se defrontaram as tropas de Fernando de Aragão, com as portuguesas comandadas pelo rei Afonso V, que pretendia impor pelas armas o direito de sua mulher, Joana, princesa castelhana, ao trono vago pela morte de Henrique IV, seu pai. Tendo Afonso V fugido, ao ver perdida a parte do exercito que comandava, foi Duarte de Almeida, alferes que empunhava a bandeira real, no exercito em que se achasse o rei, assaltado por muitos castelhanos que pretendiam arrancar-lhe a bandeira. Defendendo-se com a espada, segura o alferes a bandeira com a mão esquerda, até esta ser decepada por um golpe. Larga então e espada, empunha a bandeira com a mão direita a haste da bandeira e servindo-se desta como se fosse uma lança, vai-se defendendo, até que outro golpe lhe decepou a segunda mão. Diz a lenda, que Duarte de Almeida não se dá por vencido, com os coutos das mãos e com os dentes agarrava a sua bandeira e as tropas inimigas só lhe conseguem tirar a bandeira , quando ele cai no chão, crivado de golpes. Mas se na batalha do "Toro" ficaram em poder dos castelhanos muitas bandeiras da fidalguia portuguesa, a bandeira real defendida com tanto primor e galhardia, não foi perdida. Gonçalo Pires e Diogo Lemos, escudeiros, arrojam-se no meio dos inimigos, encontram e derrubam o cavaleiro das hostes contrárias, que levava o estandarte de Afonso V, tão defendido por Duarte de Almeida, símbolo da Pátria, arrancam-na ao inimigo e vão entrega-la ao príncipe João, filho de Afonso V, que tinha ido com a sua hoste em auxilio do pai, tomando parte activa na batalha. Segundo as leis da cavalaria, teve honras de vencedor o príncipe, pois manteve-se em campo. Mesmo vencido o exercito português, não ficaria desonrado, não o consentiu o acto de Duarte de Almeida- que a lenda ou a história tornou conhecido como o Decepado. Foi assim, que ao longo dos séculos se foram formando heróis e criando mitos! A nossa História é fértil nisso. Actos de coragem, Honradez. Não queiram acabar com isso. São coisas que ainda nos vai lavando a alma. Vai-nos tornando orgulhosos de sermos portugueses. Actos destes vão-nos lembrando que a nossa Pátria é : Portugal!

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