
" Ainda que português, pela nacionalidade, foi é e será sempre moçambicano pelo «tudo mais» que fica para além do que oficialmente reza o bilhete de identidade de um cidadão. E foi-o, também, na graça com que captou, de muito novo ainda, o linguarejar, descuidado do Povo das ruas e bazares, das das palhotas ao longo dos carreiros de areia, ao balcão das cantinas da terra portentosa que foi colónia e hoje é nação: Moçambique. Com esse mesmo Povo se identificando como um irmão entre irmãos, retratou-o - não com a intenção de o menosprezar ou escarnecer, antes com a ternura sadia com que um brasileiro imita o «portuga» ou vice - versa, brincando sem ofender - na personagem que se tornou ídolo de negros e brancos na terra moçambicana : o «Parafuso». Nele estava simbolizado o mainato-lavadeiro, o continuo, o cozinheiro, o aldeão que vem para a cidade, com seus risos suas lágrimas, suas dores e alegrias, suas esperanças, ilusões, encantamentos. Romão Félix é hoje um português que retornou a Portugal. Mas não veio só. Com ele veio o seu outro eu : o «Parafuso». Ele aqui está." ( Assina um amigo).
Não poderia estar mais de acordo com o que escreve este amigo. Conhecendo-o qualquer pessoa com um pouco de sensibilidade vê que ele era, é, mesmo assim. Homem sem maldade, sem intenções dúbias, Homem que tinha e tem Moçambique no coração, não acredito que seja de outra forma. " Em Moçambique, passei os melhores anos da minha vida, fiz a primária na Escola Paiva Manso", palavras de Romão Félix, em Portugal,
país a que voltou, como tantos outros, que começaram por acreditar que Moçambique seria um país com grandes possibilidades e afinal, naquela altura, revelou-se um pais Maoísta, onde se tornou impossível fazer vida. País que começou com uma descolonização, que foi tudo menos exemplar. Mesmo aqueles que ficaram depois de Moçambique ser Nação verificaram que os governantes portugueses da altura não falavam verdade, não garantiram sequer os bens dos portugueses que foram obrigados a deixar Moçambique e no entanto apregoaram aos sete ventos, que a descolonização foi exemplar. Ainda hoje o fazem. Para terminar este apontamento uma frase do Parafuso, que ainda hoje o Zé usa muito : " Cada um é como cada qual , mas ninguém é como evidentemente"
país a que voltou, como tantos outros, que começaram por acreditar que Moçambique seria um país com grandes possibilidades e afinal, naquela altura, revelou-se um pais Maoísta, onde se tornou impossível fazer vida. País que começou com uma descolonização, que foi tudo menos exemplar. Mesmo aqueles que ficaram depois de Moçambique ser Nação verificaram que os governantes portugueses da altura não falavam verdade, não garantiram sequer os bens dos portugueses que foram obrigados a deixar Moçambique e no entanto apregoaram aos sete ventos, que a descolonização foi exemplar. Ainda hoje o fazem. Para terminar este apontamento uma frase do Parafuso, que ainda hoje o Zé usa muito : " Cada um é como cada qual , mas ninguém é como evidentemente"
hmmm n é tudo bem assim, mas pronto prefiro pensar q é como as anedotas dos alentejanos, podem ter piada mas são humilhantes
ResponderEliminarsubscrevo "ninguém é como evidentemente" e tinha um 45rpm autografado pelo pp :DDD
o mundo é pequeno!