segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CRIME MORREU SOLTEIRO

Propositadamente este comentário é publicado depois de 4 de Dezembro. 4 de Dezembro, dia triste para Portugal, dia em que foi cometido um crime, ainda hoje não desvendado. Falo como todos se lembrarão de Adelino Amaro da Costa, Ministro da Defesa de Portugal, e de Francisco Sá Carneiro, Primeiro Ministro de Portugal. Assassinaram o Homem que me fez acreditar num novo Portugal, mais igual, democrático, enfim o Homem que me fez acreditar que Portugal passaria a fazer parte da linha da frente da Europa. O Homem de quem Otelo não gostava. Lembro-me como os Portugueses mostraram que gostavam de Otelo, brindando-o nas eleições para a Presidência da Republica com 1,47% dos votos. Este Otelo é o mesmo do COPCON e das FP25, da FUP. Isto só para mostrar que nesta altura o País vivia em Democracia, Otelo não foi afastado de qualquer lugar que ocupasse por brincar com os Portugueses de um modo geral. Já nesta altura a nossa justiça esta lesta. "Em 1989, apareceram as primeiras análises orgânicas, isto é, nove anos depois do sinistro. e Essas análises orgânicas são feitas em relação às roupas das vítimas e também a umas pequenas amostras de fuselagem que vinham juntamente com elas, noutro saco........ ficou-se sempre na dúvida de que nada foi detectado pelo facto de o método analítico de que dispúnhamos na altura ser fraco" ( In - O crime de Camarate de Ricardo Sá Fernandes) .
Isto era a justiça a funcionar pelas mortes do Primeiro Ministro e do Ministro da Defesa. Sá Carneiro foi oposicionista sem nunca ter saído do Pais. Pertenceu a ala liberal da UN. Lutou pela liberdade.
"Ser homem é ser livre. Coartar a liberdade é despersonalizar, suprimi-la, desumanizar. A liberdade de pensar é a liberdade de ser, pois implica a liberdade de exprimir o pensamento e a de realizar na acção (......). Além da liberdade de expressão, a liberdade de pensamento implica o exercício dos direitos de livre reunião e associação(......). Temos, pois, desde a liberdade de imprensa à liberdade de reunião, desde os partidos ao acesso ao poder político" - 1969 Francisco Sá Carneiro (Manuel Margarido).

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