QUASE
Um pouco mais de sol - eu era brasa
Um pouco mais de azul - eu era além
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
se ao menos eu permanecesse aquém...
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Assombro ou paz ? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor!- quase vivido....
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Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o pricipio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama....
Entretanto nada foi só ilusão!
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De tudo houve um começo..,e tudo errou...
-Ai a dor de ser -quase, dor sem fim...-
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...
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Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde pus um altar
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
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Se me vagueio, encontro só indicios...
Ogivas para o sol -vejo-as cerradas,
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre precipicios...
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Num impeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí..
Hoje de mim só resta o desencanto
das coisas que beijei mas não vivi...
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Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém....
Pode ser que se os Adamastores lerem poemas como este, se sintam menos culpados, mais responsaveis, c'os diabos nem sempre pode correr bem ! Para a próxima correrá melhor. Não é preciso explicar nada na AR e o PM também não se vai meter nisso, portanto podem ir descansar. A unica pena que tenho é que o estado não nos devolva o que foi gasto em diárias, com esta deslocação a África do Sul. Mas pronto, não devolve, não devolve. Temos que nos resignar a gastar e nada de reembolsos. " Tá " visto porque é que o IVA foi aumentado.
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