domingo, 25 de julho de 2010

HOTEL MAIS OCIDENTAL DA EUROPA


Farnel comido à torreira



........Fotos gentilmente cedidas por C.Tiago......



Como digo nos meus interesses, gosto de frequentar o Hotel mais ocidental da Europa, não tantas vezes como gostaria, mas este fim de semana passei por lá. Como sempre bem recebido, tão bem recebido que no próximo fim de semana estarei lá outra vez. Além de admirar a paisagem, a mais linda do mundo, para quem gosta de mar e gostos não se discutem, fui dar uma volta pela cidade. A cidade não é grande, é claro, uma cidade de província, com praias ( cheias nesta altura ), e com uma procissão única no País e atrever-me-ia, a dizer única no mundo. Procissão no Mar, barcos engalanados, com uma particularidade, a procissão é à noite (é digno de se ver a iluminação dos barcos, qual deles o mais bonito!! ). A procissão é feita em Honra de Nª Srª da Boa Viagem, começando em terra, indo até aos barcos engalanados, dando uma volta por mar, com regresso a igreja de onde saiu. Mas isto tudo foi só um aparte, pois o que me leva a esta conversa fiada é o acolhimento que se faz aos visitantes, sendo o povo sempre acolhedor tanto nestes dias de Verão, como em qualquer altura do ano, não merecendo aquilo que a cidade oferece àqueles que chegam de excursão, que pretendem dar uma volta pela cidade, que com a carestia de vida não têm posses de ir a um restaurante, mas que poderiam aproveitar para comer o seu farnel, num sítio acolhedor, com grande significado histórico, pelo menos da história moderna, pós 25 de Abril. Falo como devem calcular da cidade de Peniche e do seu forte que foi prisão politica. Tem a ex-prisão politica um extenso terreiro, Campo da Republica, onde os excursionistas tentam almoçar, digo tentam, porque além de ser um grande terreiro, não tem uma única sombra, uma única árvore, mas tem bancos que ninguém usa. Quem quiser almoçar no terreiro tem mesmo que ser à torreira do sol. É pena que, numa cidade como esta, com o seu historial politico, ajudou por exemplo na fuga de Álvaro Cunhal, mantendo-o escondido até ser oportuno a saída dele , não tenha uma árvore, um espaço verde onde o visitante se possa sentir bem e depois de uma visita ao forte, poder comer o seu farnel. Ao que consta, dizem os habitantes, não poderão fazer nada porque o terreiro é património nacional e não se pode mexer, não se pode criar condições para uns lanches, para um acolhimento melhor ao visitante. O que me custa no meio disto tudo, é que sendo o Partido Comunista, um partido que normalmente faz barulho, por tudo e por nada, não o faça nesta situação, sendo a Câmara Comunista. Os auto proclamados defensores do povo, terão deixado de ser? Tenho pena que numa cidade com paisagens únicas, não se possa receber melhor, o povo bem tenta mas.........vale a pena visitar esta cidade, cidade que não tem culpa de quem está á frente dos seus destinos. É mais fácil chegar a qualquer uma destas praias que à Caparica. Não era minha intenção falar neste Hotel ou dizer onde fica, por puro egoísmo, mas não resisti.

1 comentário:

  1. Gosto bastante da zona, mas vejo-lhe os mesmos defeitos que o amigo aponta. A Peniche, propriamente, já não vou há muito tempo, mas praias como o Baleal ou Consolação, visito com frequência. Fora da época alta, porque é masi calminho...

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